Alexandre Dumas (filho)
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAlexandre Dumas, o filho, nasceu a 29 de junho de 1824 em Paris, França. Dumas foi o fruto ilegítimo de Marie-Laure-Catherine Labay, uma modista, e o romancista Alexandre Dumas. Somente em 1831 foi legalmente reconhecido pelo seu pai, o que assegurou que recebesse a melhor educação possível no Instituto Goubaux e na Collège Bourbon. Nessa altura, a lei permitiu ao velho Dumas tirar a criança à sua mãe. A agonia desta última inspirou o filho a escrever sobre personagens femininas trágicas e, em quase todas as suas obras, ele procurava enfatizar o propósito moral da literatura. Escreveu vários romances, ensaios e peças de teatro, inclusive uma semi-biografia, aclamada como um dos seus melhores trabalhos. Apesar de carregar o mesmo nome do seu pai, um dos principais escritores do romantismo francês, Dumas soube percorrer o seu caminho sozinho, conseguindo uma admissão na Academia Francesa de Letras, em 1874. Faleceu em Marly-de-Roi, França, no dia 27 de novembro de 1895.
Alexandre Dumas (pai)
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAlexandre Dumas, o pai, nasceu a 24 de julho de 1802, em França. Filho do primeiro general mulato do exército napoleónico, Dumas foi criado pelos avós maternos, estalajadeiros no interior da França. Aos treze anos, começou a trabalhar num escritório de advocacia e, aos vinte, a família caiu em tempos difíceis, especialmente após a morte do General Dumas em 1806, e o jovem Alexandre foi para Paris para tentar ganhar a vida como advogado. Entretanto, descobre a literatura, que, acreditava, poderia ser um meio rápido de fazer fortuna e ganhar notoriedade. O sucesso e o dinheiro não demoraram muito a surgir, aparecendo dois anos depois da mudança para a capital. Com isso, Dumas passou a frequentar um efervescente círculo de jovens autores e obteve enorme sucesso com a sua imensa e brilhante produção dramatúrgica e literária. Em 1870, Dumas morreu a 5 de dezembro, na casa do filho homónimo e confrade, no litoral norte de França.
Alexandre Herculano
(3) publicaçõesVer PublicaçõesAlexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa, no dia 28 de março de 1810. Durante a sua infância e adolescência viveu as invasões francesas, o tempo do domínio inglês e a proliferação das ideias liberais. Recebeu uma educação clássica, mas viu-se impedido de ingressar no ensino superior face às impossibilidades financeiras da sua família. Adquiriu, não obstante, formação literária relevante através estudo de inglês, francês, italiano e alemão. Alexandre Herculano aderiu às ideias em voga na Europa da sua época, o que significa, portanto, que se identificava política e ideologicamente como liberal. Em 1831, envolveu-se numa revolta militar, o que o forçou a deixar Portugal e a exilar-se em Inglaterra e, mais tarde, em França. Regressou a Portugal já parte integrante do exército liberal, onde foi soldado ao lado de Almeida Garrett. Viveu os seus últimos anos na sua quinta, em Santarém, onde veio a falecer em 1877, eternizado hoje, contudo, como um dos mais importantes escritores portugueses no século XIX.
Almeida Garret
(5) publicaçõesVer PublicaçõesJoão Baptista de Almeida Garrett nasceu a 4 de Fevereiro de 1799, no Porto. Durante a invasão napoleónica, acompanhou a sua família na mudança para os Açores, onde realizou os seus primeiros estudos, antes de ingressar no curso de Direito em Coimbra. Tomou parte nas revoluções liberais e acabou por se exilar em Inglaterra em 1823, de forma a fugir ao absolutismo. Em 1824, mudou-se para França, onde escreveu aqueles que são considerados os poemas inaugurais do Romantismo português: D. Branca e Camões. Um vez regressado a Portugal, dedicou-se à produção de textos históricos, críticos e diplomáticos, mas também à publicação de obras dramáticas, onde a sua genialidade e originalidade vieram a conquistar maior destaque. Além da sua obra variada, o escritor dedicou também o seu tempo à esfera política, desempenhando os papéis de diplomata, deputado, ministro e cronista-mor do reino ao longo do século XIX. Faleceu em 1854, aos 55 anos de idade, em Lisboa, e é ainda hoje considerado uma figura incomparável na literatura portuguesa.
Ana de Castro Osório
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAna de Castro Osório nasceu a 18 de junho de 1872, em Mangualde, Viseu. Foi uma proeminente escritora, educadora e ativista feminista. Cresceu numa família de classe média e mostrou uma paixão pela literatura desde tenra idade. Continuou a estudar, mais tarde, na Universidade de Lisboa, onde se envolveu no movimento estudantil e começou a escrever para revistas literárias. A escrita de Osório centrou-se em questões relacionadas com os direitos da mulher e a justiça social, e rapidamente ganhou reputação como uma voz poderosa e influente na literatura portuguesa. Em 1901, foi co-fundadora da Associação Portuguesa de Mulheres, que defendia o sufrágio feminino e outras reformas. Ajudou também a estabelecer o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e serviu como sua presidente durante vários anos. A sua produção literária foi extensa, abrangendo romances, contos, poesias e peças de teatro. Ela é talvez mais conhecida pela sua colecção de contos, Infelizes: Histórias Vividas, que explorou a vida das mulheres em Portugal no início do século XX. O seu trabalho foi altamente considerado em Portugal e no estrangeiro, e recebeu inúmeros prémios e distinções pelo seu contributo para a literatura e o feminismo. Para além da sua escrita e ativismo, Osório foi uma educadora dedicada, e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da educação para raparigas em Portugal. Também esteve envolvida em várias organizações culturais e serviu como directora da Biblioteca Nacional de Portugal.
Ana Gago
(1) publicaçõesVer PublicaçõesGeógrafa. Licenciada em Arquitetura pelo Instituto Superior Técnico e mestre em Turismo e Comunicação pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa. Assistente de investigação no projeto SMARTOUR: Turismo, alojamento local e reabilitação: políticas urbanas inteligentes para um futuro sustentável. Doutoranda em Geografia no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Ana Plácido
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAna Augusta Vieira Plácido nasceu a 27 de setembro de 1831, em São Miguel de Seide, V. N. de Famalicão. Com apenas 19 anos de idade, foi obrigada a casar com o empresário Manuel Pinheiro Alves, de 43 anos de idade, que se havia emigrado para o Brasil e ali se tornara rico. Em 1856, apaixonou-se por Camilo Castelo Branco, um amor que lhe causou problemas ao ponto de o seu marido a ter colocado no Convento da Conceição em Braga. Desesperadamente, Pinheiro Alves apresentou um procedimento de adultério em 1860 devido à insistência de Ana em permanecer na companhia do seu amante. Como consequência, Ana foi presa a 6 de junho na Cadeia da Relação do Porto, entregando-se o amante a 1 de agosto. A data da libertação de réus é 16 de outubro de 1861. Depois disso, o casal mudou-se para Lisboa, mas mais tarde separaram-se por razões financeiras. Estão juntos pela primeira vez em 1863, quando nasce Jorge Camilo Castelo Branco, o seu filho. Ana Plácido, que foi influenciada por Camilo, comprometeu-se a escrever. Co-autora de muitas publicações, incluindo a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865) e a Gazeta Literária do Porto. Também contribuiu com traduções, ajudou Camilo com certos textos, e dedicou-se à poesia. Nas fases iniciais da sua carreira literária, por vezes utilizava pseudónimos. Cinco anos após Camilo Castelo Branco, em 20 de Setembro de 1895, Ana faleceu.
Ann Radcliffe
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAnn Radcliffe nasceu a 9 de julho de 1764, em Londres, Inglaterra. Ann mudou-se para Bath em 1772. Há alguma incerteza quanto à sua educação: é possível que tenha frequentado uma escola dirigida por Harriet e Sophia Lee. Sophia, uma das primeiras escritoras de romances góticos, pode ter influenciado fortemente os futuros escritos de Ann. Sabe-se que ela casou com o jornalista-editor William Radcliffe em 1787 e começou a escrever com o seu encorajamento. Em poucos anos, viria a publicar vários romances. Ann Radcliffe levou uma vida pacata e nunca visitou os países onde os temíveis acontecimentos dos seus romances tiveram lugar. A sua única viagem ao estrangeiro, à Holanda e à Alemanha, foi feita em 1794, depois de a maioria dos seus livros terem sido escritos. Foi, e é ainda hoje considerada, uma inovadora no desenvolvimento inicial do romance gótico.
Anne Brontë
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAnne Brontë nasceu a 17 de janeiro de 1820, em West Yorkshire, Inglaterra. Sendo filha de um pobre clérigo irlandês na Igreja de Inglaterra, Anne Brontë passou a maior parte dos seus primeiros anos com a sua família na paróquia de Haworth, em West Yorkshire. Deixou Haworth para se tornar governanta entre 1839 e 1845, depois de passar muitos anos num colégio interno. Antes de publicar o seu primeiro livro de poesia, em conjunto com as suas irmãs, Anne passou a maior parte da sua vida a trabalhar. Ela e as suas irmãs, que também usavam pseudónimos, eram bem conhecidas na comunidade literária londrina quando, em 1848, finalmente se pronunciaram publicamente sobre o seu uso de pseudónimos masculinos. Anne Brontë há muito que era celebrada por críticos literários pelo seu retrato do sexismo e da violência contra as mulheres na Grã-Bretanha vitoriana. A mais nova das três irmãs Brontë é, ainda hoje, amplamente considerada como a autora do primeiro livro feminista realmente revolucionário. A re-publicação das suas obras foi interrompida pela sua irmã Charlotte após a sua trágica morte por tuberculose latente em 1849, aos 29 anos de idade. Por este motivo, Anne Brontë é frequentemente ignorada em favor das suas irmãs mais célebres.
Antero de Quental
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAntero Tarquínio de Quental nasceu na Ilha de São Miguel, nos Açores, a 18 de abril de 1842. Desde cedo procurou dedicar o seu tempo à poesia, à filosofia e à política, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, onde estudou Direito. Publicou os seus primeiros sonetos nesta cidade, em 1861, e durante os anos seguintes cultivou também a sua atividade política, nomeadamente no que diz respeito à manifestação de ideias socialistas e publicações revolucionárias. Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. Antero de Quental foi um político, um filósofo, um pensador e um grande poeta. Portador de um distúrbio bipolar, vivia quase que em estado de depressão permanente e, após o seu regresso a Ponta Delgada em 1891, acabou por cometer suicídio nesse mesmo ano.
Anton Tchékhov
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAnton Tchékhov nasceu a 29 de janeiro de 1860, na Rússia. Não terá tido uma infância particularmente descomplicada, dados os problemas financeiros da família, cujos seis irmãos contavam apenas com a pequena mercearia do pai. Anton herdou o seu amor pela literatura da sua mãe, que partilhava o seu entusiasmo por livros e contos, lendo-lhos quando desde que ele era criança. Quando o negócio do seu pai falhou em 1875, a família mudou-se para Moscovo. Anton, por sua vez, ficou para trás de forma a continuar os seus estudos. Enquanto estudava, dedicou-se às mais variadas ocupações e trabalhos independentes, para ajudar o seu pai a sustentar a sua família. Anton reencontrou-se com a sua família após quatro anos e começou a escrever pequenos contos e peças de teatro para os jornais locais, de modo a complementar os seus rendimentos. Completou o curso de medicina em 1884 e, durante as duas décadas seguintes, dedica-se cada vez mais seriamente ao progresso da sua carreira como escritor, alcançando enorme sucesso, particularmente com as suas obras dramáticas. Tchékhov faleceu em 1904, vítima de tuberculose, hoje recordado como uma das principais figuras seminais do nascimento do modernismo no teatro.
António Garcia Barreto
(1) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu na Amadora, em 1948. Licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Viveu a guerra colonial, colaborou nos jornais República, O Diário e Diário Popular, entre outras publicações. Em 1996, o seu conto “Um minuto mágico” foi distinguido com o 2.º lugar pelo Prémio Literário Hernâni Cidade, promovido pela Câmara Municipal do Redondo, e, em 2000, foi galardoado com o Prémio Literário de Sintra – Adolfo Simões Müller, com o seu romance juvenil “Rubens e a Companhia do Espanto em O Caso da Mitra Desaparecida”. Destaque ainda para o seu livro infantil “Uma Zebra ao Telefone”, incluído no Plano Nacional de Leitura. Ao nível do romance, destaque para “À Sombra das Acácias Vermelhas”, “A Mulher da Minha Vida” e o “O Homem do Buick Azul”, entre muitos outros. António Garcia Barreto publica o blogue “Viagens por dentro dos dias”.
António Nobre
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAntónio Pereira Nobre nasceu a 16 de agosto de 1867, no Porto. Viveu a sua infância em Trás-os-Montes e na Póvoa de Varzim, até ingressar, em 1888, no curso de Direito da Universidade de Coimbra, tendo reprovado por duas vezes. Em 1890, partiu para Paris, onde acabou por se licenciar em Ciências Políticas, cinco anos depois. Durante a sua estadia em França conviveu com as novas tendências da poesia e familiarizou-se com o simbolismo. Ainda em Paris conheceu Eça de Queirós, que desempenhava nessa altura o papel de cônsul de Portugal. Foi esta a época mais prolífera do autor, em que escreveu a maior parte dos poemas que viriam a constituir a coletânea “Só”, publicada nesta mesma cidade.
Camilo Castelo Branco
(7) publicaçõesVer PublicaçõesCamilo Castelo Branco nasceu no dia 16 de março de 1825, na freguesia dos Mártires, em Lisboa. Ficou órfão de mãe com 1 ano e de pai com 10 anos. Durante a sua infância, viveu com uma tia e, posteriormente, com uma irmã mais velha. Casou-se aos 16 anos de idade com uma jovem de 15, mas a relação durou pouco tempo. Em 1843 ingressou na Escola de Medicina no Porto, embora nunca tenha finalizado o curso. Poucos anos depois, começou a publicação das suas primeiras obras literárias. Camilo viveu uma vida atribulada, entre infortúnios familiares e desgostos amorosos. Em 1850, deu entrada no Seminário do Porto, pretendendo ingressar na vida religiosa. No mesmo ano, conhece Ana Plácido, mulher casada que acaba por abandonar o seu marido e fugir com Camilo. Este é eventualmente processado e preso por crime de adultério, tendo sido, no entanto, absolvido no ano seguinte, passando a viver com Ana em Lisboa. No ano de 1863, é publicado Amor de Perdição, a sua obra-prima. As novelas passionais de Camilo Castelo Branco, que se serviram em grande parte das suas vivências pessoais, fizeram deste autor o melhor representante do movimento ultrarromântico em Portugal.
Camilo Pessanha
(1) publicaçõesVer PublicaçõesCamilo de Almeida Pessanha nasceu em Coimbra em 1867 e morreu em Macau em 1926. Foi um poeta português, o melhor representante do simbolismo em Portugal e antecipador do princípio modernista da fragmentação. Devido a um pedido de casamento a Ana de Castro Osório não correspondido, exilou-se voluntariamente durante quase 30 anos em Macau, mas foi esta quem cuidou de editar Clepsidra, a obra que o imortalizou.
César Santos Silva
(19) publicaçõesVer PublicaçõesInvestigador, formador e professor de História do Porto, de Portugal e Contemporânea do Mundo em várias instituições. Foi colaborador pontual dos Serões da Bonjóia, foi conferencista habitual da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Fundação Inatel e autor de diversas conferências e palestras dedicadas a temas de História. Publicou várias obras, tais como Associação Nun’Álvares de Campanhã/Subsídios para a sua História (2010), Toponímia Feminina Portuense (2011), Passeios pelo Porto I (2012), Toponímia de Ramalde – História das Ruas da Freguesia (2013), Passeios pelo Porto II (2013), Na Rota dos Judeus do Porto (2014), Na Rota de Camilo no Porto (2017), António, o outro Salazar (2019) e O Porto em 1920 (2020).
Charlotte Brontë
(1) publicaçõesVer PublicaçõesCharlotte Brontë nasceu a 21 de abril de 1816, em Thornton, Inglaterra. Patrick Brontë, o seu pai, era um padre anglicano, e em consequência do conservadorismo do seu berço familiar, Charlotte e Emily frequentaram a Clergy Daughters’ School at Cowan Bridge, em 1824, juntamente com as suas irmãs mais velhas, antes da sua morte. As propinas eram modestas, a comida era humilde, e as regras bastante rigorosas. Regressaram a casa no ano seguinte, onde aprenderam e brincaram durante os cinco anos seguintes, escrevendo e recitando contos de amor e inventando atividades criativas para desfrutar em casa ou nos pântanos áridos. Charlotte começou a trabalhar como professora na escola de Wooler em 1835, onde permaneceu durante três anos, até começar a trabalhar como governanta. A sua tia, então, ajudou Charlotte e Emily a estudar em Bruxelas em 1842. Quando Charlotte regressa, dois anos depois, começa a trabalhar num livro de poesia com as suas duas irmãs, Emily e Anne, o início da sua brilhante carreira como escritora, que viria a atingir o seu auge com a publicação de Jane Eyre, um romance semi autobiográfico. Morreu em Haworth, Yorkshire, Inglaterra, a 31 de março de 1855.
Charlotte Perkins Gilman
(1) publicaçõesVer PublicaçõesCharlotte Perkins Gilman nasceu a 3 de julho de 1860, em Hartford, Connecticut, Estados Unidos. Cresceu numa família proeminente e recebeu uma boa educação, mas também viveu momentos de depressão e ansiedade ao longo da sua vida. Gilman começou a escrever no final da década de 1880 e rapidamente se tornou uma figura bem conhecida nos círculos feministas. Em 1898, publicou a sua obra mais famosa, The yellow wallpaper, que é um relato ficcionado das suas próprias lutas com a depressão pós-parto e a “cura do repouso” que era então comummente prescrita para mulheres com problemas de saúde mental. Ao longo da sua carreira, Gilman escreveu sobre uma vasta gama de tópicos, incluindo os direitos da mulher, casamento, maternidade e economia. Foi uma defensora do sufrágio feminino e de outras causas feministas, e viajou extensivamente para dar palestras e discursos sobre estes tópicos. Outras obras notáveis de Gilman incluem numerosos ensaios e artigos. Foi também uma prolífica poetisa e membro proeminente da Associação Americana para o Sufrágio das Mulheres. Apesar das suas muitas realizações, Gilman lutou com a sua própria saúde mental ao longo da sua vida e acabou por tirar a sua própria vida em 1935. No entanto, o seu legado como escritora, feminista e reformadora social continua a inspirar e a influenciar pessoas em todo o mundo.
D. Francisco Manuel de Melo
(1) publicaçõesVer PublicaçõesD. Francisco Manuel de Melo (1608-1666) foi um escritor, político e militar português. Nasceu em Lisboa, de família nobre, no dia 23 de novembro de 1608. Antes de se tornar membro da Ordem de Cristo, serviu durante cinco anos as armadas espanholas e, mais tarde, comandou as tropas portuguesas na Guerra dos Trinta Anos. Foi uma das figuras mais importantes do século XVII e da literatura barroca peninsular. É acusado e preso por conivência no assassinato de Francisco Cardoso e é na clausura que escreve maior parte das suas obras mais importantes – Carta de guia de casados, Auto do fidalgo aprendiz e Apólogos dialogais.
D. H. Lawrence
(1) publicaçõesVer PublicaçõesDavid Herbert Lawrence nasceu a 11 de Setembro de 1885 na pequena cidade mineira de Eastwood, Nottinghamshire, Inglaterra. O seu pai, Arthur John Lawrence, trabalhou como mineiro de carvão, enquanto a sua mãe, Lydia Lawrence, complementou o rendimento familiar trabalhando na indústria das rendas. A mãe de Lawrence provinha de uma família de classe média que tinha caído em tempos difíceis, mas não antes de se ter tornado uma leitora ávida e bem-educada. Ela incutiu um amor pela leitura e uma forte ambição de progredir para além das suas humildes raízes no jovem Lawrence. Para Lawrence, crescer como um membro da classe trabalhadora, causou-lhe uma forte impressão, e mais tarde escreveu extensamente sobre a experiência de crescer numa pobre cidade mineira. Lawrence deixou Eastwood no Outono de 1906 para prosseguir a sua qualificação de professor no Colégio Universitário de Nottingham. Começou a ensinar numa escola primária no bairro londrino de Croydon, em 1908, depois de receber o seu diploma de professor. Continuou a escrever, e em 1909, conseguiu que alguma da sua poesia fosse publicada na English Review, o que lhe deu a sua grande oportunidade. Lawrence regressou a Itália em 1927, após ter contraído a tuberculose. Escreveu Lady Chatterley’s Lover, o seu romance mais conhecido e notório, no seu último grande surto criativo. Lawrence escreveu relativamente pouco perto do fim da sua vida, uma vez que a sua tuberculose o impedia cada vez mais. Faleceu a 2 de Março de 1930, em Vence, França, com a idade de 44 anos.
Eça de Queirós
(4) publicaçõesVer PublicaçõesJosé Maria Eça de Queirós nasceu no dia 25 de novembro de 1845, na cidade de Póvoa de Varzim. Passou a sua infância e adolescência longe da família, tendo sido criado pelos seus avós paternos, de origem brasileira. Em 1861 ingressou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Foi durante esta época que se viu envolvido em vários movimentos estudantis, alguns destes liderados por Antero de Quental e Teófilo Braga. Após a conclusão dos estudos, em 1866, mudou-se para Lisboa. Residia com os pais, exercia advocacia e, no mesmo ano, fundou um jornal, principiando assim a sua carreira jornalística. Em 1871, na companhia de Ramalho Ortigão, deu início à publicação de As Farpas, um conjunto de crónicas satíricas acerca da vida portuguesa. Nos anos seguintes, construiu uma carreira diplomática, tendo exercido o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Os anos passados em países estrangeiros foram também os mais frutíferos para a sua produção literária, sempre dedicada à crítica da sociedade portuguesa. Publicou, entre outros, O Crime do Padre Amaro em 1875, a que se seguiram O Primo Basílio (1878), A Relíquia (1887) e Os Maias (1888), este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.
Edgar Allan Poe
(2) publicaçõesVer PublicaçõesEdgar Allan Poe nasceu a 19 de Janeiro de 1809, em Boston. Os seus pais, ambos atores profissionais, morreram antes de o poeta ter três anos de idade, e John e Frances Allan criaram-no como filho adotivo em Richmond, Virgínia. John Allan, um próspero exportador de tabaco, enviou Poe para os melhores internatos e, mais tarde, para a Universidade da Virgínia, onde Poe se destacou academicamente. Após menos de um ano de escola, porém, foi forçado a abandonar a universidade quando Allan se recusou a pagar as dívidas de jogo de Poe. Poe voltou brevemente para Richmond, mas a sua relação com Allan deteriorou-se. Em 1827, mudou-se para Boston e alistou-se no Exército dos Estados Unidos da América. Publicou, nesse ano, a sua primeira coleção de poemas. Poe começou a vender contos a revistas por volta desta altura e, em 1835, tornou-se editor do Southern Literary Messenger em Richmond. Durante os dez anos seguintes, Poe veio a editar uma série de revistas literárias. Foi durante estes anos que se estabeleceu como poeta, escritor de contos e editor.
Edith Wharton
(2) publicaçõesVer PublicaçõesEdith Newbold Jones nasceu a 24 de Janeiro de 1862, em Nova Iorque nos Estados Unidos da América. Edith Jones veio de uma distinta e há muito estabelecida família de Nova Iorque. Foi educada por tutores privados em casa e na Europa, onde a família residiu durante seis anos após a Guerra Civil Americana e, desde criança, lia vorazmente. Estreou-se na sociedade em 1879 e casou-se com Edward Wharton, um rico banqueiro de Boston, em 1885. Embora já tivesse publicado os seus próprios poemas quando tinha 16 anos, foi só após vários anos de vida casada que Wharton começou a escrever com seriedade. Tornou-se célebre pelas suas histórias e romances sobre a sociedade de classe alta em que nasceu. Viveu em França depois de 1907, visitando os Estados Unidos apenas a intervalos raros. Divorciou-se do marido em 1913 e foi amiga íntima do romancista Henry James nos seus últimos anos de vida. Em 1921, Edith Wharton foi a primeira mulher a ganhar o Pulitzer Prize for Fiction, com o romance A Idade da Inocência. Morreu a 11 de Agosto de 1937, em Saint-Brice-sous-Forêt, perto de Paris, França.
Elizabeth Gaskell
(2) publicaçõesVer PublicaçõesElizabeth Cleghorn Gaskell nasceu a 29 de setembro de 1810, em Londres, Inglaterra. Ela era a mais nova de oito crianças, com apenas o seu irmão John a sobreviver à infância. William Stevenson, o seu pai, foi padre unitarista, e Elizabeth Holland, sua mãe, morreu 13 meses depois de dar à luz a sua filha mais nova, deixando um marido confuso, com pouca escolha, excepto mandar Elizabeth viver com a irmã da sua mãe em Cheshire. Elizabeth passou vários anos sem ver o seu pai, a quem era devota, e, à medida que foi crescendo, o seu futuro era incerto, uma vez que lhe faltava riqueza pessoal e um lar estável. Em 1832, casou-se com William Gaskell, que trabalhava como ministro assistente numa igreja Unitária em Manchester. Instalaram-se na cidade, e ela ajudou-o no seu trabalho, prestando assistência aos indigentes e trabalhando como professora na Escola Dominical, onde a leitura e a escrita eram ensinadas. A cidade de Manchester, onde a família vivia, esteve no epicentro de uma transformação cultural significativa e de ações políticas radicais. Elizabeth reconheceu estes conflitos sociais e utilizou-os na sua obra. Os seus romances oferecem um retrato detalhado das vidas de muitos estratos da sociedade vitoriana, incluindo os muito pobres. O seu trabalho é, por isso, de interesse tanto para os historiadores sociais como para os amantes de literatura.
Emilio Salgari
(11) publicaçõesVer PublicaçõesEmilio Salgari nasceu a 21 de agosto de 1862, em Verona, Itália. Estudou navegação com esperança de um dia se tornar capitão, mas não conseguiu ser admitido. Fantasiava ser um marinheiro ousado e escrever sobre as suas aventuras. Ganhou fama como romancista, historiador, e contador de histórias de aventura. Na Europa e América Latina, escreveu mais de 200 livros e contos de aventura, muitos dos quais são considerados obras-primas. Pelas suas contribuições para a literatura popular italiana, foi nomeado Cavaleiro da Ordem da Coroa de Itália em 1897. Apesar da sua popularidade, Emilio Salgari passou toda a sua vida na pobreza, em dívida para com os seus editores. Cometeu suicídio pelo método hara-kiri, uma forma de suicídio ritual japonês, em 1911, em Turim, na Itália.
Emily Brontë
(1) publicaçõesVer PublicaçõesEmily Jane Brontë nasceu a 30 de julho de 1818 em Yorkshire, Inglaterra. Era a mais velha de seis irmãos, uma rapariga calma e tímida, extremamente próxima e protetora da família. Emily e os seus irmãos tinham acesso a uma vasta biblioteca, apesar da sua falta de educação formal. Os seus escritores favoritos incluíam Sir Walter Scott, Byron, e Shelley. Em 1835, quando a sua irmã Charlotte começou a sua carreira como professora na escola de Miss Wooler em Roe Head, Emily acompanhou-a como aluna, embora tenha permanecido apenas três meses. Em 1838, Emily passou seis meses exaustivos como professora na escola de Miss Patchett em Law Hill, perto de Halifax, acabando por se demitir também. Em 1845 Charlotte deparou-se com alguns poemas de Emily, e isto levou à descoberta de que as três irmãs Charlotte, Emily, e Anne, tinham escrito versos. Publicaram, um ano depois, um conjunto de poemas Poems by Currer, Ellis and Acton Bell, dois anos antes da publicação do único e grande romance de Emily, O Monte dos Vendavais.
Emily Dickinson
(1) publicaçõesVer Publicaçõesmily Dickinson nasceu a 10 de dezembro de 1830, em Massachusetts, Estados Unidos da América. A filha do meio de uma família de três filhos, gozou de uma educação confortável devido ao rendimento da sua família de classe média e a influência da sua comunidade cristã. Ambos os pais eram amorosos, mas austeros, e Emily ficou intimamente ligada ao seu irmão, Austin, e à sua irmã, Lavinia. Emily era frequentemente afastada da escola e mantida em casa, porque os seus pais e outros achavam que ela era demasiado fraca para comparecer às aulas. Tanto os seus professores como colegas de turma da Academia Amherst observaram a sua extraordinária capacidade de escrita. Um pequeno número dos primeiros poemas de Dickinson sobrevive, apesar de ela ter começado a escrever quando ainda era adolescente. Embora os amigos e familiares de Emily estivessem sem dúvida cientes da sua escrita, os seus poemas só foram tornados públicos após a sua morte em 1886, quando Lavinia, a sua irmã mais nova, descobriu uma caixa de poesia.
Enid Lamonte Meadowcroft
(1) publicaçõesVer PublicaçõesHá escasso material biográfico sobre Enid Lamonte Meadowcroft, embora os seus muitos livros sejam carinhosamente recordados pelos seus leitores. Sabemos que nasceu em 1898, nos Estados Unidos da América e faleceu em 1966. Parece ter sido editora na Grosset & Dunlap, trabalhando na sua linha de romances históricos para jovens leitores. A Grosset & Dunlap publicou estes romances durante os anos 50 e 60. Estes títulos contaram com a colaboração de muitos autores, incluindo Meadowcroft. Os 51 títulos da linha Signature Books são hoje em dia artigos de colecionador. Meadowcroft publicou pelo menos 60 0bras. Vários dos seus títulos foram republicados pela Scholastic Books nos anos 60.
Ethel Lina White
(1) publicaçõesVer PublicaçõesEthel Lina White nasceu a 28 de novembro de 1876, em Abergavenny, País de Gales. O seu pai era um artista, e a sua mãe escritora, o que levou à sua inclinação artística desde tenra idade. White começou a sua carreira de escritora como jornalista do New Statesman and Nation, que foi o seu primeiro trabalho. Mais tarde mudou-se para a Cornualha para se concentrar na sua escrita e publicou o seu romance de estreia em 1927. A sua obra mais famosa, A dama oculta, foi publicada em 1936 e foi adaptada para um filme, de Alfred Hitchcock, em 1938. White foi uma prolífica escritora e publicou vinte romances e numerosos contos na sua carreira. As suas obras são conhecidas pelo seu enredo de suspense, personagens vívidos, e reviravoltas inesperadas. Os seus livros são uma mistura de mistérios, thrillers e romance, e incluem frequentemente personagens femininas fortes que se libertam das restrições da sociedade. Embora as suas obras tenham sido aclamadas de forma crítica durante a sua vida, o legado de White foi ofuscado em anos posteriores. No entanto, os seus romances e contos continuam a cativar os leitores de hoje, e ela é lembrada como uma das escritoras mais influentes da sua época.
F. Scott Fitzgerald
(2) publicaçõesVer PublicaçõesFrancis Scott Fitzgerald nasceu a 24 de setembro de 1896, em Minnesota, nos Estados Unidos da América. Nasceu no seio de uma família de classe média alta, e criado principalmente em Nova Iorque. Frequentou a Universidade de Princeton, embora a sua preocupação com a escrita o tenha levado a desistir. Acabou por se alistar no exército em 1917, onde conheceu e se apaixonou por Zelda Sayre. Durante a década de 20, Fitzgerald frequentou a cena cultural de Paris, onde criou relações com outros escritores modernistas como Ernest Hemingway e outros célebres membros da “Geração Perdida”. Faleceu em 1940, após um conflito de vários anos com alcoolismo, vítima de um ataque cardíaco aos 44 anos.
Federica De Paolis
(1) publicaçõesVer PublicaçõesFederica De Paolis (1971) é uma dialogista e autora de cinema italiana. Os seus romances foram traduzidos em várias línguas e ganharam prémios de prestígio. Os títulos incluem Le imperfette (DeA Planeta Libri), vencedor do Prémio DeA Planeta 2020, Le distrazioni (HarperCollins), Premio Selezione Bancarella 2023. Lecionou Escrita Criativa no Instituto Europeu de Design e atualmente leciona na escola Molly Bloom, em Roma. É redatora no jornal La Stampa.
Federica Manzon
(1) publicaçõesVer PublicaçõesFederica Manzon estreou-se em 2008 com Come si dice addio (Mondadori), ao qual seguiram-se Di fama e di sventura (Mondadori, 2011, prémio Rapallo Carige e prémio Selezione Campiello), La nostalgia degli altri (Feltrinelli, 2017) e Il bosco del confine (Aboca Edizioni, 2020). Foi também curadora da antologia I mari di Trieste (Bompiani, 2015). Com Alma ganhou o prémio Campiello 2024. Vive entre Milão e Trieste.
Fialho de Almeida
(2) publicaçõesVer PublicaçõesEscritor português José Valentim Fialho de Almeida nasceu em Vila de Frades em 1857 e morreu em Cuba, Alentejo em 1911. De origens humildes, mudou-se para Lisboa onde trabalhou numa botica e mais tarde formou-se em Medicina na Escola Politécnica em 1885, porém, nunca chega a exercer, optando por uma vida jornalística e literária. Escreveu vários contos, crónicas, críticas literárias e teatrais e em 1889, um editor portuense fascinado pelo estilo original e satírico, propôs-lhe a publicação mensal de uma crónica sobre a vida nacional da época. O sucesso do primeiro fascículo Os gatos confere-lhe uma publicação com ritmo semanal. Entre as suas obras mais apreciadas, contam-se os Contos (1881), A cidade do vício (1882), Lisboa galante (1890), O país das uvas (1893) e Madona do Campo Santo (1896).
Filipe Mariares
(2) publicaçõesVer PublicaçõesIniciei o meu percurso na pintura como autodidacta, experimentando técnicas como o carvão, pastel, aguarela e óleo. Em 1998, candidatei-me à Faculdade de Belas Artes do Porto para o curso de pintura, mas nessa altura não me foi possível prosseguir os estudos académicos por razões profissionais. Nunca tendo abandonado a pintura, em 2001 optei por aperfeiçoar o óleo e a aguarela tendo para isso frequentado o curso de técnica de óleo da Heatherley’s School of Fine Arts em Londres. Em 2014 voltei às Belas Artes do Porto onde concluí no ano de 2018 a minha licenciatura em artes plásticas no ramo de escultura. Entre Janeiro e Maio de 2019 estive na Facultad de Bellas Artes de la Universidade Complutense de Madrid num estágio pós licenciatura. Actualmente reparto a minha actividade entre a pintura e a escultura.
Florbela Espanca
(2) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu em Vila Viçosa, a 8 de dezembro de 1894. Assina o seu primeiro poema, intitulado A Vida e a Morte, apenas com sete anos de idade, quando é já notável o seu à vontade na abordagem destes temas. Aos catorze anos, após o falecimento da sua mãe, Florbela muda-se para junto do seu pai biológico, que só viria a reconhecer formalmente a filha após a sua morte. É criada em conjunto com o seu meio-irmão, Apeles, cuja morte inesperada em 1927 lhe traria um desgosto incomensurável, marcando o resto da sua vida. É frequentemente reconhecida como uma figura feminista, tendo sido a primeira mulher a frequentar o curso de Direito na Universidade de Lisboa. Foi casada três vezes, vivendo romances atribulados e ultrapassando a perda involuntária de dois filhos. A poetisa suicida-se no dia do seu aniversário em 1930.
Fortunato de Almeida
(17) publicaçõesVer PublicaçõesFortunato de Almeida Pereira de Andrade (Coimbra, 15 de Abril de 1869 - Vilar Seco, 27 de Setembro de 1933), mais conhecido por Fortunato de Almeida, foi um distinto professor liceal e historiador, autor de uma História de Portugal. Fortunato de Almeida dedicou toda a sua vida ao estudo e ao ensino, deixando uma obra que evidencia o seu trabalho de professor e de investigador da história de Portugal. Ao longo da sua vida publicou uma valiosa obra historiográfica, continuando o trabalho de Alexandre Herculano e de Henrique da Gama Barros. A sua História de Portugal é uma obra monumental, de imenso labor e investigação, tanto mais extraordinária por ser uma obra individual. Nela o autor historia o desenvolvimento de Portugal desde a Lusitânia pré-histórica até ao reinado de D. Manuel II. Fortunato de Almeida ocupou um lugar de relevo nos estudos históricos, geográficos, literários, políticos e religiosos da última década do século XIX e nas três primeiras do século XX, como é realçado no Dicionário da História de Portugal, onde se reconhece que o historiador «consagrou toda a sua vida ao estudo e ao ensino, legando-nos uma obra copiosa que atesta o seu trabalho de mestre e investigador».
Francesca Melandri
(1) publicaçõesVer PublicaçõesFrancesca Melandri (Roma, 1964), é uma escritora, documentarista e argumentista de cinema e televisão. Depois da sua estreia feliz na narrativa em 2010 com Eva dorme, em 2012 publicou Più alto del mare (Prémio Selezione Campiello), seguido de Sangue giusto, em 2017 (Prémio Sila’49, selecionado para o Prémio Strega), ambos no catálogo Bompiani.
Francisco Teles da Gama
(1) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu na vila da Batalha. É Licenciado em História e Mestre em História Medieval, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Frequentou o Doutoramento em História da Arte Medieval, pela FCSH da Universidade NOVA de Lisboa. Desenvolveu trabalho de arquivo e investigação em vários museus e monumentos, como a Peggy Guggenheim Collection, o Mosteiro da Batalha, o Museu de Lisboa, entre outros. Integrou a comissão para a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027. Encontram os seus artigos, contos e poemas em várias revistas e jornais, como o Observador e o Evelyn Waugh Studies. É Fundador e Diretor da FITA - Friends In The Arts e Editor da revista internacional de artes e cultura FITA Magazine, com o Alto Patrocínio do Presidente da República. Foi o Diretor Musical de todas as edições do festival FITA Kiosk. Coordenou o Prémio International FITA Awards of Literature, que deu origem à obra Retrato do Artista Quando Escreve (2022). O seu poema Soneto Espelhado do Poeta Eterno, integrado na peça The Banquet of Eternity, esteve em exposição no Pavilhão da Croácia, na Bienal de Veneza de 2024.
Franz Kafka
(1) publicaçõesVer PublicaçõesFranz Kafka nasceu a 3 de julho de 1883, em Praga, na República Checa. Ele era o filho mais velho de seis irmãos, nascido numa família judaica de classe média alta. Após a morte de dois irmãos na infância, tornou-se o filho mais velho e permaneceu, para o resto da sua vida, consciente do papel que teria de representar. Durante toda a sua vida, a figura do pai ofuscou o trabalho de Kafka, bem como a sua existência. Descrito como um comerciante e patriarca austero, frio e autoritário, que não venerava senão o sucesso material e o progresso social, o seu pai encaminhou-o para uma carreira na área do Direito, contra a vontade do jovem aspirante a escritor. Publicou, em vida, apenas dois livros de contos e alguns artigos de revista da sua autoria e, no seu testamento, manifestou o desejo de que todos os seus livros fossem queimados, um pedido que, felizmente, não foi atendido. Franz Kafka precisou apenas de quarenta anos para revolucionar completamente e inspirar toda uma nova geração de escritores. O seu estilo, tal como ele, era único. Faleceu a 3 de junho de 1924, perto de Viena, na Áustria.
General Pedro Pezarat Correia
(1) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu no Porto em 1932. Curso liceal no Colégio Militar, licenciatura em ciências Militares na Escola do Exército, em 1954, doutoramento na Universidade de Coimbra com distinção e louvor em 2017. Major-general reformado. Seis comissões na guerra colonial (Índia, Moçambique, Angola e Guiné). Participante na movimentação militar que desembocou no 25 de Abril de 1974, integrou o Conselho da Revolução e, nessa qualidade, comandou a Região Militar do Sul. Na FEUC fundou e lecionou a cadeira de Geopolítica e Geoestratégia. Conferencista no IDN, UAL, e outros institutos superiores militares e civis. Autor de Centuriões ou Pretorianos; Descolonização de Angola – A Joia da Coroa do Império Português; Questionar Abril...; Angola – Do Alvor a Lusaka; Manual de Geopolítica e Geoestratégia; Guerra e Sociedade e coautor em muitas dezenas de livros e trabalhos sobre geopolítica e geoestratégia, estratégia e conflitos, 25 de Abril, guerra colonial e descolonização.
George Eliot
(1) publicaçõesVer PublicaçõesMary Ann Evans, o nome por detrás da obra de George Eliot, nasceu a 22 de novembro de 1819, em Warwickshire, Inglaterra. Quando tinha cinco anos, foi para um colégio interno onde desenvolveu um ativo gosto pela leitura. Aos 16 anos, no entanto, a sua educação formal parou, quando a morte da sua mãe impôs o seu regresso a casa para ajudar a gerir a vida familiar. Mary Ann viveu com o seu pai até à sua morte em 1849, quando tinha 30 anos. Depois, viajou pela Europa. Acabou por se instalar em Londres, para se tornar escritora. Tornou-se editora na Westminster Review, onde trabalhou durante dois anos. Em 1851, conheceu George Lewes, um autor e filósofo. Tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até à sua morte em 1878. Apesar deste tipo de circunstância ser muito invulgar na época, Mary Ann sempre se recusou a deixar que as opiniões de outras pessoas influenciassem as suas ações. George foi um grande apoio para Mary Ann e encorajava-a a escrever. Em 1859, publicou o seu primeiro romance, um grande sucesso, sob o pseudónimo de George Eliot. Os leitores queriam saber quem era George Eliot e Mary Ann acabou por revelar a sua identidade. Nos 15 anos seguintes publicaria mais seis romances. Morreu com 61 anos, e foi enterrada em Londres, ao lado do seu amigo de toda a vida, George Lewes.
George Meredith
(1) publicaçõesVer PublicaçõesGeorge Meredith nasceu a 12 de fevereiro de 1828, em Portsmouth, Inglaterra. Partindo do seio de um negócio familiar de alfaiates, pôde frequentar um seminário superior local graças a uma pequena fortuna da sua mãe, que morreu quando ele tinha cinco anos, e portanto adotar o papel de um jovem “cavalheiro” em tenra idade. Contudo, mais tarde, devido ao colapso da alfaiataria, tornou-se rapidamente consciente da disparidade entre esta posição e o seu verdadeiro nível socioeconómico. Meredith começou a compor poesia no início dos seus vinte anos e participou na publicação do Monthly Observer, uma revista literária de circulação privada para a qual enviou os seus próprios poemas e artigos críticos. Casou com Mary Nicolls em 1849 após um romance tumultuoso, mas o casamento não foi agradável nem duradouro, devido em parte às difíceis circunstâncias financeiras de Meredith. Não encontrando, de início, sucesso como autor, foi forçado a aceitar emprego como leitor de manuscritos para uma editora e como redator de editoriais e notícias para um jornal provincial. A sua própria escrita tinha de ser feita no tempo livre que lhe restava. Contudo, os seus trabalhos foram pensados para o futuro e centrados na transformação da sociedade. Era uma influência sobre outros autores, bem como um encorajador. Foi nomeado sete vezes para o Prémio Nobel da Literatura. As obras de Meredith são notáveis para análises de carácter psicológico e uma perspectiva profundamente subjectiva da vida que, bem antes do seu tempo, via as mulheres como verdadeiros iguais aos homens.
George Sand
(3) publicaçõesVer PublicaçõesAmantine Lucile Aurore Dupin, também conhecida como “George Sand”, nasceu a 1 de julho de 1804 em Paris. Era a filha de um soldado que tinha antepassados na família real polaca. A sua mãe, no entanto, era prostituta. A vida de George Sand estava condenada desde o início a ser pouco convencional. O seu pai morreu quando ela tinha quatro anos, deixando-a para ser criada pela sua mãe e avó paterna. A jovem Aurore, como era chamada, passou vários anos num convento em Paris. Casou com o filho de um barão quando tinha 19 anos e teve dois filhos. Oito anos depois, insatisfeita com a falta de amor do seu marido, Aurore divorciou-se dele e começou o primeiro de uma série de namoros acalorados em Paris, como o escritor Jules Sandeau, com quem co-escreveu o seu primeiro romance sob o pseudónimo Jules Sand. Escreveu autobiografia, crítica literária e obras dramáticas, para além de uma série de romances pastorais, começando com Indiana em 1832. Lutou pelos direitos da mulher e o casamento baseado no amor mútuo e não na propriedade, fortuna ou prestígio. Também se interessou por iniciativas sociais e políticas, e trabalhou brevemente com Karl Marx. Flaubert e Honoré De Balzac eram ambos fãs do seu trabalho. A vida de George Sand era pouco ortodoxa em muitos aspectos, incluindo o seu gosto por se vestir com roupa masculina para obter acesso a zonas de Paris onde não era apropriado para as senhoras. Faleceu em 1876 em Nohant, numa propriedade que herdara da sua avó, com 72 anos.
Gil Vicente
(2) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu em Guimarães, no ano de 1465. Embora muitos aspetos da sua vida nos sejam ainda hoje desconhecidos, sabe-se que terá sido no contexto das corte portuguesa dos reinados de D. Manuel I e de D. João III que este iniciou a sua carreira como dramaturgo, tendo ainda, alegadamente, desempenhado as funções de músico, ator e encenador. Considerado o pai do teatro português, a sua herança representa ainda hoje um papel fundamental na cultura popular portuguesa.
Guerra Junqueiro
(1) publicaçõesVer PublicaçõesGuerra Junqueiro nasceu a 15 de setembro de 1850, em Trás-os-Montes, Freixo de Espada à Cinta. Filho de rico negociante e lavrador, completou o curso de Direito na Universidade de Coimbra em 1873, tendo participado ativamente da vida literária da sua época. Poeta, prosador, jornalista e político, ajudou a criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República, por meio da sua poesia panfletária. Em 1910, é nomeado Ministro de Portugal, em Berna, na Suíça. A 12 de fevereiro de 1920, foi condecorado com o grau de Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Morreu a 7 de julho de 1923, em Lisboa.
Guy De Maupassant
(2) publicaçõesVer PublicaçõesHenri René Albert Guy de Maupassant nasceu a 5 de agosto de 1850 em Tourville-sur-Arques, Alta Normandia. Oriundo de uma abastada família burguesa, passou a sua infância e adolescência na companhia da sua mãe, após o fim do seu casamento. Mudou-se para Paris na década de 1870, onde obteve notoriedade como escritor de contos e conheceu alguns dos grandes autores da época, incluindo Zola, Flaubert e Turgueniev. Escreveu a maioria dos seus romances e contos entre 1875 e 1885, tendo publicado, no total, mais de 300 contos, muitos dos quais se tornaram populares em todo o mundo. A sua obra é frequentemente reconhecida pela utilização de técnicas naturalistas no retrato das experiências humanas e crítica social. Faleceu em 1893, no asilo privado do Dr. Esprit Blanche em Paris, onde se encontrava internado, após uma tentativa de suicídio ocasionada por perturbações derivadas da sífilis.
H. G. Wells
(1) publicaçõesVer PublicaçõesHerbert George Wells nasceu no dia 21 de setembro de 1866, em Bromley, na Inglaterra. Filho de empregados domésticos que se tornaram pequenos comerciantes, cresceu sob a ameaça contínua da pobreza, e aos 14 anos, após uma educação muito inadequada complementada pelo seu inesgotável amor pela literatura, tornou-se aprendiz de um comerciante de tecidos em Windsor. Aos 18 anos, Wells recebeu uma bolsa de estudos para a Escola Normal de Ciência em Londres, período em que se tornou amigo do famoso biólogo Thomas H. Huxley. Depois da sua carreira académica, trabalhou como professor de Ciência, antes de se tornar escritor. Em 1895, Wells publicou o seu clássico romance A máquina de tempo, o seu primeiro grande sucesso, a partir do qual ganhou reputação como um pioneiro da ficção científica. As opiniões socio-políticas controversas de Wells serviram como base para vários trabalhos que lidavam com o papel da ciência em sociedade e a necessidade por uma paz mundial.
H. P. Lovecraft
(1) publicaçõesVer PublicaçõesHoward Phillips Lovecraft nasceu a 20 de agosto de 1890, em Rhode Island, nos Estados Unidos da América. Era uma criança doente que passou maior parte da sua infância em casa. Tornou-se um leitor voraz, devorando obras sobre uma vasta gama de assuntos. Lovecraft era um fã das obras de Edgar Allan Poe e tinha um grande interesse pela astronomia. Frequentou o Hope High School na adolescência, mas teve um colapso nervoso antes de se formar. Durante vários anos, manteve-se sozinho, ficando acordado até tarde a estudar, a ler, e a escrever. Durante este tempo, pôde publicar artigos de astronomia em vários jornais. Lovecraft começou como um aspirante a jornalista, juntando-se à United Amateur Press Association em 1914. No ano seguinte, lançou a sua revista auto-publicada The Conservative, para a qual escreveu vários ensaios e outras peças. Apesar de, alegadamente, se ter dedicado à ficção no início da sua carreira, Lovecraft tornou-se mais sério na escrita de contos por volta de 1917. Lovecraft apresentou aos leitores o primeiro de muitos seres sobrenaturais que extinguiriam a humanidade. Ele escreveu uma vez, “todos os meus contos se baseiam na premissa fundamental de que as leis e emoções humanas comuns não têm validade ou significado no cosmos em geral”.
H. Rider Haggard
(1) publicaçõesVer PublicaçõesSir Henry Rider Haggard nasceu a 22 de junho de 1856 em Norfolk, Inglaterra. Filho de um advogado, Haggard foi aluno da Ipswich Grammar School e recebeu instrução em casa. Decepcionado com o desenvolvimento do seu filho até esse momento, o pai de Haggard ofereceu a Sir Henry Bulwer, o então tenente-governador de Natal, em África do Sul, os serviços de secretariado do seu filho de dezanove anos para viver com ele e ajudar na gestão da sua propriedade, em 1875. Haggard estava em Pretória quando foi anunciada a anexação britânica da República Britânica do Transvaal Boer, e passou a ser o Escrivão do Tribunal Superior, que se tornou parte da África do Sul em 1878. Foi condecorado Cavaleiro Comandante da Ordem do Império Britânico em 1919, pelo seu serviço cívico. Como oficial real inglês na África do Sul, Rider Haggard conheceu numerosas culturas e uma vasta gama de tradições, crenças e histórias que causaram um profundo impacto no seu talento criativo.
Hall Caine
(1) publicaçõesVer PublicaçõesThomas Henry Hall Caine nasceu a 14 de maio de 1853 e morreu a 31 de agosto de 1931. Teve cinco irmãos e viveu grande parte da sua vida em Liverpool. Casou com Mary Chandler e teve dois filhos. Hall Caine foi romancista, dramaturgo, contista, poeta e crítico britânico. Na sua vasta obra cabem temas como o adultério, o divórcio, a violência doméstica, os direitos das mulheres e o preconceito religioso. Foi um autor muito publicado e adorado pelo público, vendendo milhares de exemplares e adaptando uma grande parte da sua obra para o teatro.
Henry James
(1) publicaçõesVer PublicaçõesHenry James nasceu a 15 de abril de 1843, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Filho de uma família rica, foi o segundo de cinco filhos de Sir Henry James, um importante filósofo e teólogo da sua época. Na juventude, Henry James manteve-se em trânsito entre a América e a Europa, estudando em Genebra, Londres, Paris, Bolonha e Bona. Estudou Direito nos Estados Unidos, na Harvard Law School, mas, apenas por um ano, porque a Literatura o interessava muito mais. Desde cedo, Henry James leu clássicos da Literatura inglesa, americana, francesa e alemã, além de traduções dos clássicos russos. Sempre se sentiu muito mais inclinado a viver na Europa, achando a América hostil à vida de um homem que só queria dedicar-se à arte literária, mas, o tema do americano atraído e, eventualmente, traído pelos valores do Velho Mundo é frequente na sua obra. Em Paris, conheceu grandes nomes da literatura como Flaubert e o russo Turgueniev. Fascinado pela Inglaterra, James viveu primeiro em Londres e depois em Rye, Sussex. Produzindo vinte novelas e cerca de uma centena de contos, também escreveu várias peças de teatro, mas teve sucesso limitado como dramaturgo. Atingiu um refinamento literário que muitos críticos consideram incomparável nas suas últimas obras. O estilo de Henry James revela um enorme domínio da língua inglesa. Na sua época, o autor foi muito admirado por esse talento entre os literatos ingleses, da velha ou da nova geração. Por lealdade às coisas britânicas, Henry James acabou por se naturalizar inglês em 1915, depois do início da Primeira Guerra Mundial. Faleceu em 28 de fevereiro de 1916.
Henryk Sienkiewicz
(2) publicaçõesVer PublicaçõesHenryk Adam Aleksander Pius Sienkiewicz, nasceu a 5 de maio de 1846, na Polónia. A família de Sienkiewicz possuía uma pequena propriedade em Wola Okrzejska, mas perdeu tudo e mudou-se para Varsóvia, onde Sienkiewicz estudou literatura, história e filologia na Universidade de Varsóvia. Deixou a universidade em 1871 sem tirar um diploma. Nos anos seguintes foi autor de vários artigos, nos quais era patente a influência do Positivismo, um sistema de filosofia muito popular na Polónia e noutros lugares na época, enfatizando em particular as realizações da ciência. Em 1900, para comemorar o seu 30.º ano como escritor, o povo polaco concedeu-lhe a pequena propriedade de Oblgorek, perto de Kielce, no centro-sul da Polónia, onde viveu até 1914. Quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, viajou para a Suíça, onde defendeu a causa da independência polaca e organizou caridade para as vítimas de guerra polacas ao lado do famoso político e pianista Ignacy Paderewski. Venceu o Prémio Nobel da Literatura em 1905. Sienkiewicz visitou Roma várias vezes. Pinturas de perseguições dos primeiros cristãos impressionaram o escritor. Estudou a história e as línguas clássicas e conhecia Tácito quase de cor. Sienkiewicz pretendia criar um romance que discutisse valores universais, como a batalha entre o bem e o mal e a vitória do espírito de liberdade sobre a tirania. Quo Vadis? foi o resultado destes planos.
Honoré de Balzac
(3) publicaçõesVer PublicaçõesHonoré de Balzac nasceu a 20 de maio de 1799, em Tours, em França. Toda a sua produção criativa foi desenvolvida no contexto de uma família burguesa que refletia os tempos de mudança durante a época da Revolução Francesa, em que o Antigo Regime foi deposto. Honoré de Balzac decide, aos vinte anos, dedicar-se à literatura, mas ante o pouco êxito das suas obras, lança-se nos negócios em 1825, tornando-se impressor através da sua associação com um livreiro. Não encontraria, porém, muito sucesso nesta carreira e, em 1828, foi salvo de falência pessoal, embora viesse a manter largas dívidas até ao final da sua vida. Regressou, então, à sua carreira literária, agora com um novo domínio, e nos anos seguintes várias obras levaram-no à beira do sucesso. O uso extensivo de detalhes e descrições exaustivas do espaço narrativo e forma a ilustrar a vida das suas personagens, fez dele um pioneiro precoce do realismo literário, em que procurava retratar o universo da existência humana através do particular. Balzac contribuiu para o estabelecimento da forma tradicional do romance e é hoje considerado como um dos maiores romancistas de todos os tempos. Morreu a 18 de agosto de 1850, em Paris.
Jack London
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJohn Griffith, celebremente conhecido como Jack London, nasceu a 12 de janeiro de 1876, em São Francisco, Califórnia. É filho de Flora Wellman Griffith e do astrólogo William Chaney, que nunca o reconheceu em vida. Flora casa-se com John London, ex-combatente da Guerra Civil, que cederá o sobrenome à criança, e a família muda-se para Oakland. Durante a sua adolescência, Jack faz uma pausa nos seus estudos para comprar um pequeno barco e aprender a velejar por conta própria. Construiu também ele próprio a sua própria existência: trabalhou numa fábrica de conservas, andou de comboio, fez tráfico de ostras, empurrou carvão, e trabalhou num navio de selagem no Pacífico. Inscreve-se na Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1896, mas desiste após um ano devido a dificuldades financeiras. Dedicou-se à literatura nos anos seguintes, escrevendo prolificamente, mas depois de ter ficado desapontado com a resposta às suas publicações, mudou-se para as minas Klondike no Canadá aos 21 anos, quando a extração de ouro estava no seu auge. Depois de regressar à Califórnia em 1898, Jack retomou a sua carreira de escritor, desta vez com mais sucesso. Casou-se e começou uma família dois anos mais tarde, mas nunca deixou de procurar aventura: em 1907, ele e a sua esposa partiram num veleiro que ele tinha construído para dar uma volta ao mundo. Regressou aos Estados Unidos em 1909, novamente devido a dificuldades financeiras e a um compromisso de escrever e publicar a sua obra. Morreu de uma overdose de morfina aos quarenta anos de idade em 1916, deixando para trás mais de cinquenta volumes, incluindo romances, contos, poesia, drama, e ensaios, escritos ao longo de um período de dezassete anos.
Jane Austen
(4) publicaçõesVer PublicaçõesJane Austen nasceu a 16 de dezembro de 1775, em Steventon, na Inglaterra. Filha do pároco da aldeia, Jane cresceu numa família simples e religiosa, no meio de seis irmãos e uma irmã. Foi educada em casa, contando desde cedo com a biblioteca e o incentivo do seu pai. Após a sua morte, coube a Jane e à sua irmã a gestão da vida familiar e a educação dos irmãos e sobrinhos. As primeiras histórias criadas por Jane Austen, foram aquelas que contava às crianças como forma de as entreter. Começou então a escrever muito cedo, principalmente contos e novelas, já então denunciadoras do seu brilhante sentido de humor e sentido de ironia mordaz. Faleceu em 1817, com apenas 41 anos, em Winchester, e é até hoje considerada uma das maiores romancistas da literatura inglesa do século XIX.
João Sousa Cardoso
(2) publicaçõesVer PublicaçõesJoão Sousa Cardoso é doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Paris Descartes (Sorbonne). Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2006 e 2009. Encenou Sequências Narrativas Completas, estreado no Teatro Nacional D. Maria II, e Os Pescadores, de Raul Brandão, estreado no Teatro Municipal do Porto em 2016. Dirigiu o projeto TEATRO EXPANDIDO! no ano de reabertura do Teatro Municipal do Porto, entre janeiro e dezembro de 2015, atravessando a dramaturgia do século XX, levando à cena 11 peças em 12 meses e mobilizando dezenas de atores, profissionais e amadores. Criou ainda os espetáculos O Bobo (2006), a partir de Alexandre Herculano, e A Carbonária (2008), Raso como o Chão (2012) e Barulheira (2015), a partir de Álvaro Lapa. Realizou os filmes A Ronda da Noite (2013), a partir de Heiner Müller, e Baal (2013), A Santa Joana dos Matadouros (2014) e Na Selva das Cidades (2016), a partir de Bertolt Brecht. É professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e na Universidade Lusófona. Escreve regularmente para o jornal Público.
Joaquim Fernandes
(1) publicaçõesVer PublicaçõesDoutorou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com uma tese sobre “O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa – do fim da Modernidade até meados do século XIX”, a primeira da sua temática numa academia portuguesa e europeia e editada sob o título Moradas Celestes (Âncora Editora, 2014). Interessa-se particularmente pelos fenómenos da religiosidade popular e da espiritualidade, mitos e cosmologias, e o debate entre ciência e religião. Foi autor do guião e da apresentação do documentário As Faces de Fátima, produzido para o Canal História em 2017. Colaborou na organização da conferência Ciência e Consciência integrada no programa do “Porto 2001, Capital Europeia da Cultura” e, em 2008, publicou o seu primeiro romance histórico, O Cavaleiro da Ilha do Corvo. Criou vários guiões para séries de televisão, como Encontros Imediatos e A Noite do Fim do Mundo e o documentário As Faces de Fátima, para o Canal História em 2017. Entre as suas obras mais recentes figuram Portugal Insólito (2016) e Ficheiros Secretos à Portuguesa (2018). Em 2019 coeditou a antologia Fátima. Mais além da Fé (Book Cover Editora). Está biografado no Dicionário das Personalidades Portuenses (Porto Editora, 2001).
Joel Cleto
(3) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu no Porto em 1965. Arqueólogo, historiador e divulgador do Património, é autor e apresentador, desde 2006, de um premiado programa semanal dedicado a estas temáticas na estação televisiva Porto Canal. Licenciado em História e Mestre em Arqueologia pela Universidade do Porto, está creditado pela Universidade do Minho como formador de Professores nessas mesmas áreas. Professor Especialista pelo Instituto Superior de Administração e Gestão (Porto) onde é docente das cadeiras de Património e História na licenciatura em Turismo. Autor de diversos livros e dezenas de ensaios e estudos de investigação, escreve regularmente na revista “O Tripeiro”, nas páginas da qual foram publicadas originalmente estas lendas. Foi agraciado em 2017, pela Autarquia do Porto, com a Medalha Municipal de Mérito, grau ouro.joelcleto.no.comunidades.net joel.cleto@gmail.com
Jorge C. Pereira
(1) publicaçõesVer PublicaçõesFez a Licenciatura em Relações Internacionais pela Universidade do Minho. Terminou em 2016 o Doutoramento em Cultura Norte-Americana com uma tese sobre a hegemonia internacional dos Estados Unidos durante a segunda metade do século 20 e o seu impacto nos ideais americanos. É Professor Convidado no Departamento de Estudos Ingleses e Norte-Americanos (DEINA) da Universidade do Minho, e investigador do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (NetCult-CEHUM).
Jorge Ricardo Pinto
(2) publicaçõesVer PublicaçõesDoutor em Geografia pela FLUP. Professor Coordenador no ISCET. Investigador no CEGOT e no CIIIC.
José Alberto Rio Fernandes
(7) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu a 26 de julho de 1958, em Gondomar (S. Cosme), onde vive. Licenciou-se em Geografia na Faculdade de Letras em 1980 e foi contratado no ano seguinte, ocupando o lugar de professor catedrático desde 2004, após adquirir os graus de mestre (1985), doutor (1993) e agregado (2003). Foi diretor do Departamento de Geografia, presidente do Conselho de Representante e coordenador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território e do curso de doutoramento em Geografia da Universidade do Porto, desempenhando atualmente os cargos de presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos e de editor da GOT - revista de Geografia e Ordenamento do Território. É autor de centena e meia de títulos, entre livros, capítulos e artigos científicos, contando com mais de três centenas de pequenos textos de divulgação. Foi convidado para aulas, conferências e júris em várias universidades portuguesas, espanholas, francesas, alemãs e brasileiras e participou em largas dezenas de encontros científicos, assim como em muito elevado número de palestras e debates públicos, a convite. É docente e investidor, desempenhando também funções técnicas em planos e estudos nos âmbitos da geografia urbana, do urbanismo e do planeamento e desenvolvimento do território. É colaborador regular do Jornal de Notícias, com intervenções esporádicas no Público, na RTP2 e no Porto Canal.
José An Fróis
(1) publicaçõesVer Publicaçõesabreviatura de José António Guerreiro Fróis, ao jeito de pseudónimo, nasceu no Porto e é professor
José Manuel Garcia (apresentação e coordenação)
(16) publicaçõesVer PublicaçõesJosé Manuel Garcia nasceu em Santarém em 1956 e doutorou-se em História pela Universidade do Porto com uma tese sobre a Historiografia Portuguesa dos Descobrimentos e da Expansão nos séculos XV a XVII. De entre as suas atividades destacam-se as que desenvolveu no âmbito da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, como seu vogal da Comissão Executiva, e da Fundação Calouste Gulbenkian, pertencendo a várias instituições como a Academia Portuguesa da História, a Academia de Marinha e o Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. É presentemente investigador no Gabinete de Estudos Olisiponenses. Participou na organização de numerosos catálogos e exposições, editou obras de Fernão Mendes Pinto, Luís Fróis, Alexandre Herculano, Sousa Viterbo, Virgínia Rau, Jaime Cortesão e José Leite de Vasconcelos, além de ter publicado abundante bibliogra a sobre História de Portugal e dos Descobrimentos.
José Pedro Tenreiro
(1) publicaçõesVer PublicaçõesArquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e doutorado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Investigador em história da arquitetura, especialmente séculos XIX e XX.
Joseph Conrad
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJoseph Conrad nasceu a 3 de dezembro de 1857 em Berdichev, na Ucrânia. O seu nome próprio era Jósef Konrad Walecz Korzeniowski, de origem polaca. O seu pai era um patriota polaco que foi exilado para a Ucrânia em consequência das suas ações políticas. Conrad começou apenas a aprender inglês aos vinte anos de idade. Ficou órfão aos onze anos de idade e foi colocado sob a supervisão do seu tio. Partiu para Marselha em 1874, onde entrou para a Marinha. Recebeu o seu Certificado de Mestre e nacionalidade britânica em 1886. Grande parte da sua obra foi inspirada nas suas viagens ao extremo Oriente. Deixou a Marinha em 1890 para se dedicar exclusivamente à literatura. Almayer’s Folly, o seu romance de estreia, foi publicado em 1895, e no ano seguinte mergulha no grande tema das desigualdades étnicas na obra An outcast of the islands. Nesta altura, casou com Jessie George. No entanto, sempre fora um génio no que toca à construção de personagens, demonstrando um tremendo domínio da linguagem e uma singular vitalidade narrativa enquanto criticava o colonialismo e denunciava a corrupção contida mesmo nos ideais elevados da sua época.
Júlio Dinis
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJoaquim Guilherme Gomes Coelho nasceu no Porto, a 14 de novembro de 1839. O pseudónimo Júlio Dinis, por sua vez, surgiu somente aquando do início da sua carreira literária. A sua infância foi moldada segundo os padrões sociais burgueses da Inglaterra do século XIX, dada a ascendência britânica dos seus avós. Os valores e costumes inerentes à sua educação foram assim importados para a sua obra literária, sensivelmente representativa da Burguesia da época, e onde sempre é dado um especial relevo ao contexto socioeconómico de cada personagem. Seguindo as pisadas de seu pai, completou o curso de cirurgião na Escola médico-cirúrgica do Porto em 1861, embora o exercício da profissão tenha sido interrompido poucos anos depois, mediante o agravamento da sua condição de saúde. Vítima de tuberculose, o escritor acabou por se isolar, ulteriormente, na Madeira, onde se dedicou especialmente à produção literária. Júlio Dinis faleceu no Porto, em 1871, com apenas 32 anos.
Júlio Verne
(14) publicaçõesVer PublicaçõesJúlio Verne nasceu a 8 de fevereiro de 1828 em Nantes, em França. O seu pai, com a intenção de conseguir que o seu filho seguisse os seus passos como advogado, enviou-o para Paris para estudar Direito. Mas o jovem Verne apaixonou-se desde cedo pela literatura, especialmente pelo teatro. Verne casou em 1857 e trabalhou como corretor na Bolsa de Valores de Paris durante vários anos. Durante este tempo, continuou a escrever, a conduzir pesquisas na Bibliothèque Nationale, e a sonhar com um novo tipo de romance – um romance que combinasse factos científicos com ficção de aventura. Publicou o seu primeiro livro em setembro de 1862, Viagens Extraordinárias, que imediatamente se tornou um best-seller internacional, e Pierre-Jules Hetzel, editor de Verne, ofereceu-lhe um contrato a longo prazo para escrever muito mais obras de "ficção científica". Mais tarde, Verne deixou o seu emprego na bolsa de valores para se tornar escritor a tempo inteiro, lançando o que viria a revelar-se uma colaboração autor-publicador de grande sucesso que durou mais de 40 anos. Durante o século XX, as obras de Verne foram traduzidas em mais de 140 línguas, tornando-o um dos autores mais traduzidos do mundo.
Lewis Carroll
(1) publicaçõesVer PublicaçõesLewis Carroll, pseudónimo de Charles L. Dodgson nasceu a 27 de janeiro de 1832, em Inglaterra. Cresceu entre onze irmãos, filho de um clérigo anglicano, religião com que manteve, durante a sua vida, uma relação longa e próxima. Aos 20 anos de idade, recebeu um estágio na Christ Church e foi nomeado professor de matemática. Carroll era tímido, mas gostava de criar histórias para crianças. Carroll gaguejava bastante, mas encontrava-se vocalmente fluente quando falava com crianças. As relações que cultivava com crianças durante a sua idade adulta são de grande interesse, pois inspiraram sem dúvida as suas maiores obras e têm sido um ponto de discussão ao longo dos anos. Carroll adorava entreter crianças, e foi Alice, a filha de Henry George Liddell, que foi creditada com a sua maior inspiração. Alice Liddell lembra-se de passar muitas horas com Carroll, sentada no seu sofá, enquanto ele contava histórias fantásticas de mundos maravilhosos. Obteve um enorme sucesso como escritor e poeta, mas no decurso da sua vida desempenhou também um papel nos campos da matemática e fotografia, chegando mesmo a protagonizar pequenas invenções. Faleceu em 1898, vítima de pneumonia.
Louisa May Alcott
(1) publicaçõesVer PublicaçõesLouisa May Alcott nasceu a 29 de novembro de 1832, na Pensylvannia, Estados Unidos da América. Até 1848, Alcott recebeu toda a sua educação do seu pai, Amos Bronson Alcott, e estudou também com amigos da família como Henry David Thoreau, Ralph Waldo Emerson, e Theodore Parker. De 1850 a 1862, Alcott viveu em Boston e Concord, Massachusetts, e trabalhou como empregada doméstica, professora, e tomou a seu encargo outros trabalhos para sustentar a sua família. Durante a Guerra Civil, foi trabalhar como enfermeira em Washington, D.C. Desconhecida pela maioria das pessoas, Alcott publicava poemas, contos e contos juvenis desde 1851, sob o pseudónimo de Flora Fairfield. O grande sucesso de Little Women (Mulherzinhas) deu a Alcott independência financeira e criou uma procura de mais obras suas. Ao longo dos últimos anos da sua vida, revelou-se-lhe um fluxo constante de romances e contos, sobretudo para jovens, tirados diretamente da sua vida familiar. Os seus livros apresentaram protagonistas femininas fortes e independentes e, como resultado, o seu estilo de escrita teve um impacto significativo na literatura americana.
Luís Carvalho
(3) publicaçõesVer PublicaçõesEconomista. Professor Auxiliar na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Investigador integrado do Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professor convidado na Amsterdam University of Applied Sciences (Centre of Applied Research in Economics and Business). Especialização em geografia económica e em inovação e desenvolvimento económico regional e urbano.
Luís Ferreira
(1) publicaçõesVer PublicaçõesDoutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Santiago de Compostela. Professor Coordenador no ISCET. Investigador no Lab2PT. Consultor em turismo, hotelaria e lazer.
Luís Pestana Mourão
(1) publicaçõesVer PublicaçõesMestre em Engenharia (FEUP), especialista em Turismo e Lazer. Doutorando em Economia e Empresa (Universidade de Santiago de Compostela). Consultor em projetos de inovação e em projetos de turismo e hotelaria. Professor adjunto no ISCET, docente na ULP.
Machado de Assis
(4) publicaçõesVer PublicaçõesJoaquim Maria Machado de Assis nasceu a 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, no Brasil. Filho de um pintor doméstico de ascendência negra e portuguesa, foi criado, após a morte da sua mãe, por uma madrasta. Doente, epiléptico, de aparência desinteressante e gago, encontrou emprego aos 17 anos de idade como aprendiz de um tipógrafo e começou a escrever nos seus tempos livres. Em breve estaria a publicar histórias, poemas e romances segundo a tradição romântica. A reputação de Machado de Assis como um dos maiores escritores brasileiros repousa sobre a sua obra, os seus contos e dois romances posteriores, entre eles Dom Casmurro, considerada a sua obra prima. Em 1896, Machado tornou-se o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, e manteve o cargo até à sua morte, a 29 de setembro de 1908.
Mário de Sá-Carneiro
(2) publicaçõesVer PublicaçõesMário de Sá-Carneiro nasceu a 19 de maio de 1890, em Lisboa, e morreu a 26 de abril de 1916, em Paris. Estudou Direito em Coimbra e depois em Paris, tendo abandonado os estudos para se dedicar à vida boémia e à produção literária, da qual se destacam, na poesia, as obras Dispersão e Indícios de oiro e, na narrativa, A confissão de Lúcio e Céu em fogo. Foi membro de Geração d’Orpheu e, como tal, um dos principais representantes do Modernismo português, à semelhança do grande amigo Fernando Pessoa e de Almada Negreiros.
Mark Twain
(1) publicaçõesVer PublicaçõesSamuel Langhorne Clemens, conhecido pelo seu pseudónimo Mark Twain, nasceu a 30 de novembro de 1835 em Missouri, nos Estados Unidos da América. A sua educação no centro-oeste americano teve um enorme efeito no seu trabalho, que é agora considerado uma obra-prima no campo da literatura infantil. O seu pai morreu quando ele tinha apenas 11 anos de idade, em 1847. Abandonou a escola pouco depois para trabalhar como aprendiz de tipógrafo para um jornal local. Estava encarregado de organizar a tipografia para cada uma das histórias do jornal, o que lhe permitia ler as notícias enquanto trabalhava e viajar pela Europa como correspondente de imprensa. Aos 18 anos, dirigiu-se para leste, para Nova Iorque e Filadélfia, onde trabalhou em vários jornais diferentes e encontrou algum sucesso na redacção de artigos. Em 1857, no entanto, regressou a casa, onde arranjou trabalho como timoneiro de um barco no rio Mississippi. O maior sucesso da sua carreira como escritor, viria mais tarde, entre 1874 e 1891, quando vivia em Hartford, em Connecticut, com a sua família. Durante estes anos, fundou a sua própria editora, The Charles L. Webster Company, o que lhe garante um maior controlo sobre as suas publicações. Twain nasceu logo após o aparecimento do cometa Halley, e previu que iria “embora com ele” também; morreu no dia seguinte à aproximação do cometa à Terra, em 1910.
Máximo Gorki
(1) publicaçõesVer PublicaçõesAlexei Maximovich Peshkov, popularmente conhecido como Máximo Gorki, nasceu a 28 de março de 1868, na Rússia. Foi enviado para viver com o seu avô materno após a morte do seu pai, quando tinha apenas cinco anos de idade, onde viveu uma infância desafiante, vítima de maus-tratos. Aos nove anos começou a trabalhar para si próprio, percorrendo o país e assumindo uma série de empregos peculiares que contribuíram para despertar o seu interesse acerca dos problemas sociais inerentes à classe do proletariado. O ativismo político de Gorki causou-lhe problemas contínuos com o governo czarista. Apoiante dos bolcheviques, foi exilado em 1902 por ter organizado um movimento de imprensa clandestino. Em 1905, foi então preso por atividades revolucionárias e os seus seguidores emitiram protestos formais ao czar em seu nome. Gorki, um dos expoentes mais proeminentes do realismo socialista na literatura russa, inspirou o povo oprimido do seu país com as suas representações mordazes, porém irrepreensíveis da vida da época, ao mesmo tempo que favorecia uma representação simpática da classe trabalhadora. Gorky foi considerado como o melhor escritor vivo da Rússia desde 1910 até à sua morte, em 1936.
Melania G. Mazzucco
(2) publicaçõesVer PublicaçõesMelania Mazzucco (Roma, 1966), escritora italiana, que publicou o seu primeiro romance em 1996, Il bacio della Medusa, finalista nesse mesmo ano do Prémio Strega. Em 2000, o romance documentário sobre Annemarie Schwarzenbach, Lei così amata, recebe o Prémio Napoli e o Prémio Bari para a categoria de romance. Em 2003, o romance Vita vence o Prémio Strega e o reconhecimento internacional em Espanha, com o Prémio Santiago de Compostela em 2005, e no Canada, com o Globe and Mail Book of the Year. A Arquitetriz, romance de 2019, vencerá vários prémios, entre eles o Prémio Stresa e o Prémio Manzoni. O romance Un giorno perfetto foi adaptado ao cinema, em 2009, com realização de Ferzan Özpetek.
Oscar Wilde
(1) publicaçõesVer PublicaçõesOscar Fingal O’Flahertie Wills, nasceu a 16 de outubro de 1854, em Dublin, Irlanda. Cresceu rodeado de intelectuais, num ambiente próspero ao seu desenvolvimento, filho do médico William Wilde e da escritora Jane Francesca Elgee, defensora do movimento para a independência irlandesa. Estudou na Faculdade de Trinity em Dublin, depois na de Magdalen, em Oxford e instalou-se em Londres, depois de terminar os seus estudos. Obtém destaque no mundo literário londrino, como ensaísta, crítico e poeta, muito rapidamente, graças ao seu talento, mas também ao seu natural encanto pessoal. O seu trabalho foi fundado no conceito de que as considerações estéticas devem impulsionar a vida como um método de lidar com as dificuldades do mundo moderno. O seu objetivo era mudar o tradicionalismo da época Vitoriana, injetando um tom vanguardista nas artes. Em 1895, Oscar Wilde foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados por atentado ao pudor, após acusações públicas de homossexualidade. Uma vez libertado foi morar em Paris, passando a usar o pseudónimo de “Sebastian Melmoth”. Passou o resto dos seus dias a viver em hotéis baratos, em permanente estado de embriaguez. Acaba por morrer, vítima de meningite, no dia 30 de novembro de 1900.
Paulo Pacheco Mendes
(1) publicaçõesVer PublicaçõesNascido em Coimbra, licenciou-se no ano de 1984 em Engenharia Civil pela prestigiada Universidade de Coimbra. Prosseguindo com a curva de aprendizagem, completou em 1999 o P.A.G.E. (Programa Avançado Gestão de Executivos) na Universidade Católica de Lisboa, instituição na qual seguiu a sua formação em gestão através de diversos cursos para executivos. Com mais de 35 anos de experiência em projetos emblemáticos, distingue-se o sucesso obtido ao trabalhar com diversas culturas. Na sua vasta experiência nacional e internacional, podemos destacar atribuições de gestão na Europa (Áustria), em África (Cabo Verde, Angola, Guiné Conakry, Argélia e Senegal), no GCC (Golf Cooperation Countries - Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Qatar) e na América do Sul (Brasil, Colômbia e Venezuela). Durante estes projetos representou organizações de renome tais como Sonae, Somague Engenharia e Construções S.A/Soconstrói, Vale do Lobo Resort, Grupo Prebuild, Imosul, MRG Construction, entre outras. Desde sempre se envolveu nos processos de criação e gestão de negócios das empresas por onde passava. Líder de equipas altamente profissionais e eficientes, resultado de um preciso treino de componente técnica através da transmissão de conceitos complexos. De notar o especial cuidado na direção de construção, planeamento estratégico e controles orçamentais. Tudo isto aliado a resolução de problemas numa base matricial de um rigor flexível incentivador e que promove a proatividade. ppmvamosaobra@gmail.com
Pedro Chamusca
(4) publicaçõesVer PublicaçõesGeógrafo. Investigador integrado do Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Investigador de Pós-Doutoramento em Políticas Públicas e Coesão Territorial na Universidade de Aveiro. Especialização em geografia urbana, governança, comércio e planeamento e desenvolvimento territorial. Membro da Direção da Associação Portuguesa de Geógrafos.
Ramalho Ortigão
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJosé Duarte Ramalho Ortigão nasceu a 24 de outubro de 1836, no Porto. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, acabando por iniciar uma carreira em jornalismo através de uma primeira colaboração no Jornal do Porto. Durante vários anos, foi colaborador em diversas publicações periódicas. Em 1868, Ramalho Ortigão estabelece uma amizade com Eça de Queirós, quando vai para Lisboa como oficial da Secretaria da Academia de Ciências. Morreu em 27 de setembro de 1915, eternizado como uma das principais figuras da chamada Geração de 70 no mundo literário e intelectual português do século XIX.
Raul Brandão
(3) publicaçõesVer PublicaçõesRaul Germano Brandão nasceu a 12 de março de 1867, no seio de uma família de pescadores na Foz do Douro, no Porto. Estudou num colégio do Porto, onde escreveu e publicou as suas primeiras obras. Após uma breve passagem pelo Curso Superior de Letras, matricula-se, em 1891, na Escola do exército, onde inicia a sua carreira militar, que o levaria até ao cargo de capitão, em 1911. Dedica-se então à produção literária, dentro dos géneros jornalístico e literário, colaborando em diversos semanários e revistas, mas escrevendo também livros e peças de teatro. Através de uma escrita predominante poética e impressionista, Raul Brandão confronta os grandes temas da condição humana, reproduzindo e explorando as suas próprias experiências e sentimentos. Morreu em Lisboa, a 5 de dezembro de 1930.
Raul Pompeia
(1) publicaçõesVer PublicaçõesRaul Pompeia nasceu a 12 de abril de 1863, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Aos 11 anos de idade, o autor ingressou num internato, no Colégio Abílio, no Rio de Janeiro. Mais tarde, estudou Direito no Largo de São Francisco na Faculdade de Direito de São Paulo. Durante os seus anos de Faculdade de Direito, o autor tornou-se abolicionista e republicano. Optou por não exercer a advocacia após a sua licenciatura. Posteriormente, iniciou uma carreira no jornalismo, além de ser professor na Escola de Belas Artes e diretor da Biblioteca Nacional. Foi quando se tornou apoiante do governante autoritário Floriano Peixoto, que colidiu com alguns dos principais intelectuais do país. Atuou em movimentos favoráveis à abolição da escravatura e também pelo fim da monarquia e implantação da República. Porém, em função das suas posições polémicas e, muitas vezes inflexíveis, sofreu perseguições políticas, que acabaram por provocar a sua reprovação na faculdade. A 25 de dezembro de 1895, no Rio de Janeiro, o autor suicidou-se aos trinta e dois anos. É hoje considerado um dos principais representantes do Realismo e do Naturalismo e um dos grandes escritores do século XIX, na literatura brasileira.
Robert Louis Stevenson
(2) publicaçõesVer PublicaçõesRobert Louis Stevenson nasceu a 13 de novembro de 1850, em Edimburgo, na Escócia. A sua juventude foi maioritariamente passada em reclusão, devido a problemas pulmonares que mantinham Stevenson acamado. Estudou Direito na Universidade de Edimburgo, mas pouco depois mudou o seu foco para a escrita. Passou uma grande parte da sua vida a viajar. Foi calorosamente recebido nos círculos literários em França, para onde viajava frequentemente e onde escreveu as suas primeiras obras publicadas. Stevenson conheceu Fanny Osbourne em 1876 e acompanhou-a até aos Estados Unidos. Casaram e viajaram pela Inglaterra entre 1880 e 1887. Após a morte do seu pai em 1887, regressaram aos Estados Unidos e, no ano seguinte, embarcaram num pequeno navio para o Pacífico Sul. Finalmente, em 1890, o escritor comprou um grande terreno em Upolu, uma das ilhas de Samoa, e iniciou a construção de uma casa. Tornou-se popular entre os habitantes locais, por cujos direitos lutou. Foi enterrado no Monte Vaea, com vista para o mar, após a sua morte em 1894.
Rui Feio
(1) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu em 1940, em Torres Vedras, e reside atualmente no Porto. É engenheiro eletrotécnico pela FEUP e tem diversos livros e artigos publicados na sua área de atividade profissional. Após uma estadia de trabalho em Bragança, começou a interessar-se pelos locai se manifestações do Culto Mariano nesta região e na vizinha Castela. Daí resultou o Roteiro do Culto Mariano em Terras de Bragança e Zamora, editado pela Câmara Municipal de Bragança em 2012, e o Roteiro do Culto Mariano na Ilha do Pico, edição da Chiado Books em 2017.
Sérgio Jacques (fotografia)
(3) publicaçõesVer PublicaçõesNasceu no Porto em 1964. Fotógrafo e editor, mestre em fotografia, colaborador em várias editoras e publicações. Autor e coautor de livros sobre história, arquitetura, turismo e gastronomia, atualmente vem desenvolvendo projetos fotográficos em torno do Património e da Memória Coletiva.sergiojacques.blogspot.com
Sheridan Le Fanu
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJoseph Thomas Sheridan Le Fanu nasceu a 28 de agosto de 1814 em Dublin, na Irlanda. Le Fanu pertencia a uma antiga família Huguenot de Dublin. Educado no Trinity College, Dublin, tornou-se advogado em 1839, mas logo abandonou a lei pelo jornalismo. Começou a publicar contos na Dublin University Magazine e jornais em 1840, incluindo o Warden e o Dublin Evening Mail. Casou-se com Susanna Benett em 1844, e tiveram quatro filhos. O casamento conheceu dificuldades financeiras, e a sua esposa morreu em 1858, vítima de causas desconhecidas. Le Fanu responsabilizou-se pela morte da sua esposa e evitou a vida pública durante muito tempo após o incidente. Não publicou nada entre 1853 e 1861. Em 1861, Le Fanu assumiu o cargo de proprietário e editor da revista da Universidade de Dublin, onde publicou as suas histórias em série. Estas histórias foram posteriormente compiladas em livros. Foi um dos primeiros escritores de terror do século XIX, e foi essencial para o desenvolvimento do género na era vitoriana, tendo influenciado muitos autores posteriores, incluindo o também irlandês Bram Stoker, autor de Drácula.
Sir Arthur Conan Doyle
(20) publicaçõesVer PublicaçõesArthur Conan Doyle nasceu a 22 de maio de 1859, em Edimburgo, e faleceu a 7 de julho de 1930, em Crowborough. Teve uma educação católica, apesar de, mais tarde, rejeitar esta crença religiosa. Casou-se, em 1885, com Louise Hawkins, que morreu em 1906, e voltou a casar, em 1907, com Jean Elizabeth Leckie. Teve cinco filhos dos dois casamentos. Desempenhou as funções de médico e escritor, sendo que as suas histórias sobre o detetive Sherlock Holmes garantiram o seu sucesso mundial, a partir de 1887, apesar de ter começado a escrever pequenas histórias por volta dos 20 anos. A sua obra literária é marcada pela influência de Walter Scott e Edgar Allan Poe. Os seus livros abrangem as categorias do romance policial e da aventura, mas também da narrativa histórica e da ficção científica.
Sir Walter Scott
(1) publicaçõesVer PublicaçõesWalter Scott nasceu em 15 de agosto de 1771 em Edimburgo, na Escócia. Scott cresceu como filho de um advogado, o que o levou a procurar uma carreira jurídica, mas não demorou muito até que ele se mudasse para a literatura. O seu gosto romântico pelo passado foi estimulado pela leitura e tradução dos poetas alemães seus contemporâneos, particularmente Bürger e Goethe. Fez a sua estreia literária com poesia narrativa sobre temas escoceses, pela qual se tornou conhecido, publicando, em 1797, algumas destas suas baladas, escritas no modelo de contos com origens populares na cultura escocesa. A reputação de Scott e o seu eventual efeito na literatura europeia foram estabelecidos como o criador do romance histórico. Publicou vinte e oito romances ao longo da sua carreira, e a sua biografia e obra estão ligadas por um amor ao passado e à afirmação da história e dos interesses da Escócia. Faleceu em 1832, com 61 anos.
Thiago Mendes
(3) publicaçõesVer PublicaçõesGeógrafo. Estudante de doutoramento em Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com especialização em geografia da saúde e geografia económica. Membro colaborador do Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) onde integra o grupo Cidades e Desenvolvimento Territorial.
Trindade Coelho
(1) publicaçõesVer PublicaçõesJosé Francisco Trindade Coelho nasceu em Mogadouro a 18 de junho de 1861 e faleceu a 9 de junho de 1908, em Lisboa. Concluiu o ensino secundário num colégio no Porto e ingressou no curso de Direito, em Coimbra. Tendo chumbado no primeiro ano, começou a dar explicações e a escrever em jornais para garantir o pagamento das despesas. A falta de clientes fez com que se dedicasse à carreira administrativa, tornando-se Delegado do Procurador Régio na comarca de Sabugal, sendo depois transferido para Portalegre, Ovar, Lisboa e Sintra. Teve uma grande fama enquanto magistrado e escritor. Suicidou-se em 1908. Deixa uma obra considerável na área do jornalismo, do direito, da política e da literatura. É considerado um dos mestres do conto rústico português.
Vários
(1) publicaçõesVer PublicaçõesRaul Berenguel, Saskia Bosman, Andrzej Brodziak, Fina D’Armada, Janet Elizabeth Colli, Ryan J. Cook, Manuel Curado, Fernado Fernandes, Joaquim Fernandes, José Barbosa Machado, Frank McGillion, Auguste Meessen, Gilda Moura, José Augusto Mourão, Vitor Rodrigues, Mário Simões, Teresa Toldy, Jacques F. Vallée e Eric W. Davis.
Virginia Woolf
(2) publicaçõesVer PublicaçõesAdeline Virginia Stephen nasceu a 25 de Janeiro de 1882, em Londres. Ambos os progenitores já tinham sido casados e todos os oito filhos viviam com os pais e um certo número de criados em Kensington. O primeiro colapso mental de Virginia ocorreu após a morte súbita da sua mãe em 1895. Stella, a sua meia-irmã, tomou conta da casa após a morte prematura, casou-se em 1897, e pereceu depois na sua lua-de-mel. O pai de Virginia nunca sufocou a sua ambição inicial de se tornar escritora, permitindo-lhe o acesso à sua enorme biblioteca. Ela nunca terminou a escola primária, pelo que a sua educação foi bastante atribulada. A morte do pai de Virginia Woolf, em 1904, desencadeou o seu segundo colapso mental. Não obstante, nos anos seguintes, Virginia tornou-se revisora das publicações académicas como o Guardian e Times Literary Supplement. Em 1912, Virginia casou com Leonard Woolf e os dois decidiram enveredar por uma carreira em jornalismo e na escrita. No ano seguinte, Virginia completou o seu primeiro romance, que só foi publicado em 1915, porque sofreu outro transtorno mental grave após o seu casamento. Como passatempo e forma de tratamento para Virginia, os Woolfs compraram uma pequena prensa de impressão manual em 1917. Virginia escreveu alguns contos experimentais, mandou imprimi-los, e acabou por se tornar editora em 1922. Tentou suicídio várias vezes, e pelo menos duas vezes foi colocada numa instituição. Suicidou-se no rio Ouse, em 1941, aos 59 anos de idade.