José Maria Eça de Queirós nasceu no dia 25 de novembro de 1845, na cidade de Póvoa de Varzim. Passou a sua infância e adolescência longe da família, tendo sido criado pelos seus avós paternos, de origem brasileira. Em 1861 ingressou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Foi durante esta época que se viu envolvido em vários movimentos estudantis, alguns destes liderados por Antero de Quental e Teófilo Braga. Após a conclusão dos estudos, em 1866, mudou-se para Lisboa. Residia com os pais, exercia advocacia e, no mesmo ano, fundou um jornal, principiando assim a sua carreira jornalística. Em 1871, na companhia de Ramalho Ortigão, deu início à publicação de As Farpas, um conjunto de crónicas satíricas acerca da vida portuguesa. Nos anos seguintes, construiu uma carreira diplomática, tendo exercido o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Os anos passados em países estrangeiros foram também os mais frutíferos para a sua produção literária, sempre dedicada à crítica da sociedade portuguesa. Publicou, entre outros, O Crime do Padre Amaro em 1875, a que se seguiram O Primo Basílio (1878), A Relíquia (1887) e Os Maias (1888), este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.
Ramalho Ortigão
José Duarte Ramalho Ortigão nasceu a 24 de outubro de 1836, no Porto. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, acabando por iniciar uma carreira em jornalismo através de uma primeira colaboração no Jornal do Porto. Durante vários anos, foi colaborador em diversas publicações periódicas. Em 1868, Ramalho Ortigão estabelece uma amizade com Eça de Queirós, quando vai para Lisboa como oficial da Secretaria da Academia de Ciências. Morreu em 27 de setembro de 1915, eternizado como uma das principais figuras da chamada Geração de 70 no mundo literário e intelectual português do século XIX.
Entre julho e setembro de 1870, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão decidem escrever um romance policial, sob a forma de cartas anónimas para o jornal Diário de Notícias. Considerada a primeira narrativa policial da literatura portuguesa, a obra que nasceu da colaboração destes dois mestres, acompanha o sequestro de um médico – Dr.*** – e do seu amigo escritor – F…, realizado por quatro mascarados, na estrada de Sintra.
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