Luz coada por ferros

Os relatos e textos autobiográficos que compõem este livro foram escritos durante os 18 meses de prisão (de junho de 1860 a outubro de 1861) em que a autora foi condenada pelo adultério que alegadamente cometeu com Camilo Castelo Branco, por quem estava apaixonada desde os 15 anos de idade e com quem se casaria mais tarde após a morte do seu marido. Exortando as mulheres a serem mais do que “boas governantas de casa, e boas mães de família”, esta notável obra de literatura entrelaça histórias de amor, infelicidade, infidelidade e ilusão com as próprias reflexões da escritora sobre a injustiça da vítima. A poderosa voz literária de Ana Plácido, uma famosa escritora do século XIX que ainda não recebeu o reconhecimento que tão ricamente merece, é revelada em Luz coada por ferros. Esta obra é um maravilhoso prelúdio da reflexão de Virginia Woolf sobre a emancipação da mulher, sobre a qual ela escreveu no final do século XX em Um quarto só seu.

5.95

REF: 9789899126619 Categorias: ,

Detalhes

Capa

Mole

Dimensões

140 x 210 mm

Edição

04-2023

Idioma

Português

Páginas

152

Sobre o Autor

Ana Plácido

Ana Augusta Vieira Plácido nasceu a 27 de setembro de 1831, em São Miguel de Seide, V. N. de Famalicão. Com apenas 19 anos de idade, foi obrigada a casar com o empresário Manuel Pinheiro Alves, de 43 anos de idade, que se havia emigrado para o Brasil e ali se tornara rico. Em 1856, apaixonou-se por Camilo Castelo Branco, um amor que lhe causou problemas ao ponto de o seu marido a ter colocado no Convento da Conceição em Braga. Desesperadamente, Pinheiro Alves apresentou um procedimento de adultério em 1860 devido à insistência de Ana em permanecer na companhia do seu amante. Como consequência, Ana foi presa a 6 de junho na Cadeia da Relação do Porto, entregando-se o amante a 1 de agosto. A data da libertação de réus é 16 de outubro de 1861. Depois disso, o casal mudou-se para Lisboa, mas mais tarde separaram-se por razões financeiras. Estão juntos pela primeira vez em 1863, quando nasce Jorge Camilo Castelo Branco, o seu filho. Ana Plácido, que foi influenciada por Camilo, comprometeu-se a escrever. Co-autora de muitas publicações, incluindo a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865) e a Gazeta Literária do Porto. Também contribuiu com traduções, ajudou Camilo com certos textos, e dedicou-se à poesia. Nas fases iniciais da sua carreira literária, por vezes utilizava pseudónimos. Cinco anos após Camilo Castelo Branco, em 20 de Setembro de 1895, Ana faleceu.

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