“À tarde, visitamos a Igreja de Santo Estêvão, por muitos considerada a mais impressionante igreja de Salamanca. Passamos na soleira da porta da Sala do Capítulo Novo, também em obras de requalificação. Fico à porta, a ver um pedreiro solitário segurando numa espátula, atirando a argamassa contra o chão e, depois, espalhando-a com a pá energicamente no eco antigo da sala em pedra. Este construtor rente ao chão é – nesta hora e aos meus olhos – a viva e definitiva encarnação do pedreiro livre, a quem devemos todas as altíssimas catedrais que visitamos nesta excursão pelas Espanhas”
Detalhes
Capa | Mole |
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Dimensões | 120 x 210 mm |
Edição | 09-2020 |
Idioma | Português |
Páginas | 118 |
Sobre o Autor

João Sousa Cardoso
João Sousa Cardoso é doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Paris Descartes (Sorbonne). Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2006 e 2009. Encenou Sequências Narrativas Completas, estreado no Teatro Nacional D. Maria II, e Os Pescadores, de Raul Brandão, estreado no Teatro Municipal do Porto em 2016. Dirigiu o projeto TEATRO EXPANDIDO! no ano de reabertura do Teatro Municipal do Porto, entre janeiro e dezembro de 2015, atravessando a dramaturgia do século XX, levando à cena 11 peças em 12 meses e mobilizando dezenas de atores, profissionais e amadores. Criou ainda os espetáculos O Bobo (2006), a partir de Alexandre Herculano, e A Carbonária (2008), Raso como o Chão (2012) e Barulheira (2015), a partir de Álvaro Lapa. Realizou os filmes A Ronda da Noite (2013), a partir de Heiner Müller, e Baal (2013), A Santa Joana dos Matadouros (2014) e Na Selva das Cidades (2016), a partir de Bertolt Brecht. É professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e na Universidade Lusófona. Escreve regularmente para o jornal Público.
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